receitas para enfiar o pé na jaca antes da eleição e uma playlist cheia de resistência

Por aqui os dias andam estranhos. Tá foda. Foi mal. Acho que é a primeira vez que começo um texto assim. Mas é que tá foda ler e ouvir as verdadeiras barbaridades que estão sendo ditas e feitas nos últimos tempos nesse nosso Brasil. Tá triste demais ver coisas tão essenciais pra gente serem tão desprezadas por tantos. Tá assustador demais ver as pessoas minimizarem e até participarem de verdadeiras atrocidades. É, tá foda.

Mas ainda resta aquele pinguinho de esperança, e resistir é preciso, seguir em frente é preciso, a gente tá com mil planos maneiros por vir e não vamos deixar esse verdadeiro horror que tá correndo sérios riscos de ser nosso próximo presidente acabar com eles.

E para nos prepararmos para os dias que virão a gente separou um bando de receita daquelas assim, de enfiar o pé na jaca, por que, né? a gente tá precisando. E para acompanhar, tem playlist feita pelo amigo querido Kauê Blass, da Casa Quilha e parceiro de momentos mil, cheia de hinos de resistência de tudo quanto é época para nos inspirar. Dá um play aqui.

E se você por algum acaso ainda não entendeu em quem vamos votar neste domingo que fique bem claro: ELE NÃO! ELE NUNCA! HADDAD SIM!

E se você por acaso é dos indecisos ou que pretendem anular seu voto. Deixo aqui pra vocês este quadro do meu avô, Pedro Escosteguy. Por favor, leia com atenção. Ainda há tempo.

Primeiro a gente precisa de uns bons drinks. Numa hora dessas o trem tem que ser fácil. Joga tudo numa jarra grande e vai. O tinto de verano é sempre uma boa. Pa pum tá pronto. Característica nada desprezível num momento desses. O clericot com pepino e melão, além do vinho branco, leva uma boa dose de gim. É mais fortinho. A gente vai nesse daí. Dá um play aí que tem vídeo pra não ter dúvidas do tanto que é fácil. (aproveita e se inscreve no nosso canal que vem muita muita novidade por aí.)

A pipoquinha do demo é dessas coisas que foi feita pra um momento desses. É doce, é salgado, é apimentado, tem caramelo, tem coco, tem amendoim. Uma coisa séria. Rolou passo a passo estes dias no nosso instagram. Tá lá nos destaques pra você consultar quando quiser. E a receitinha completa está aqui.

Ovos endiabrados. Nunca vi alguém provar e não se amarrar. Faz bem mais do que você acha que você vai precisar porque garanto que você vai ficar impressionado com o tanto de ovo que um ser humano é capaz de comer. A receita está aqui.

Depois tem que rolar barriga de porco. Se quiser aliar a pé na jaquice com cozinhaterapia a boa é se jogar nos momofuku pork buns. A terapia fica por conta dos buns, a pé na jaquice por conta do recheio que é super mega simples (só tem que lembrar de marinar umas tantas horas) pra compensar o trabalhinho dos buns. Se essa parte da terapia não é contigo compre um pão delícia de preferência de longa fermentação de uma dessas padarias caprichadas que tem em tudo quanto é canto agora ainda bem e faça só a barriga. Para uma variação de sanduba de barriga de porco clique aqui e para os originais momofuku pork buns aqui.

foto Ádon Bicalho

Tem que rolar também umas asinhas de frango fritas e apimentadas por que como é que a gente enfia o pé na jaca sem uma fritura, né não? Estas asinhas pok pok têm uns tantos passinhos, mas garanto que você não vai se arrepender quando provar. A receita tá aqui.

Um shrimp boil, ou caldeirada de frutos do mar, com milho, batata doce, calabresa e o que mais te inspirar, tudo servido direto na mesa pra galera se jogar e se lambuzar é uma pedida e tanto.

Para adoçar crack pie pra quem enfia o pé na jaca com tempo e dedicação e uma vibe meio caramelo divino. Tem receita aqui.

foto Joana França

Brownie pra quem enfia o pé na jaca sem rodeios, direto ao ponto, mistura uns trem, forno e bora logo porque eu tô com pressa pra me entupir de chocolate. Tem receita aqui.

E torta de limão pra enfiar o pé na jaca com acidez. A receita está aqui.

Por menos ódio e mais amor.

beijos,

Mariana