Meio torta, meio bolo, o cobbler é dessas receitas difíceis de definir, mas maravilhosas de comer.

Caprichada na fruta, a massa por baixo fica mais bolo e por cima forma umas crostinhas lindas, quase de um biscoitinho amanteigado – a proporção é decididamente mais fruta do que massa.
Dizem que a receita surgiu nas colônias britânicas nos Estados Unidos como uma adaptação aos ingredientes locais de uma receita inglesa. Frequentemente é de maçã ou pêssego, mas a real é que pode ser de qualquer fruta que fique gostosa e suculenta assada (e tantas ficam gostosas assadas!).

Nossas amoreiras estão carregadas e eu ainda não matei o estoque do freezer da colheita passada então, amoras. muitas amoras. em tudo. E essas nossas amoras brilham mais quando estão juntas com outras frutas como morango, maçã, pera… Já fiz vários combos, o do dia da foto foi amora, maçã e pera e ficou sensacional. Mas preciso nem dizer, né? Pode ser só amora e maçã, ou só maçã, ou só pera, ou…

A massa é uma misturinha boba. O pulo do gato é que a manteiga, ao invés de ser incorporada à massa, vai derretida direto no prato de torta. As frutas vão por cima e por último salpica com mais um pouco da massa. Daí no forno rola aquela mágica de movimentações e aquela manteiga junta tudo, e forma umas crostinhas tão perfeitas maravilhosas! Sou fã de crostinhas.
cobbler de amora, maçã e pera
Ingredients
- 6 xícaras de frutas 2 de amoras, 2 de maçã (descascada e cortada em cubos), 2 de pera (idem) – veja as notas do texto sobre as frutas e varie – mantenha apenas a quantidade total
- 170 g (12 colheres de sopa) de manteiga dividida – uma parte vai nas frutas, outra no prato de assar
- 200-300 g (1 xícara – 1 1/2 xícaras) de açúcar dividido – uma parte vai nas frutas e outra na massa – ajuste a quantidade a depender das frutas e do seu gosto
- 120 g (1 xícara) + 2 colheres de sopa de farinha de trigo
- 1 1/2 colher de chá de fermento químico
- 1/2 colher de chá de sal
- 120 ml (1/2 xícara) de leite
- opcional – iogurte ou sorvete de baunilha para acompanhar, mas fica bom purinho também ;)
Instructions
- Pré-aqueça o forno a 180oC.
- Em uma panela grande junte as frutas, 4 colheres de sopa de manteiga e 1/4-1/2 xícara (50-100g) de açúcar. Ajuste a gosto. Cozinhe em fogo médio por alguns minutos, mexendo de vez em quando, até as frutas começarem a soltar seus suquinhos – uns 10 minutos.
- Acrescente as 2 colheres de sopa de manteiga e mexa sem parar. Os sucos vão dar uma engrossadinha. É rápido. Coisa de poucos minutos. Desligue o fogo e reserve enquanto faz a massa.
- Otimize seu tempo e logo antes de fazer a massa distribua o restante da manteiga (8 colheres de sopa – 115g) em um prato de torta ou pirex e leve ao forno, que já deve estar bem pré-aquecido, para derreter.
- Em uma tigela misture o restante do açúcar (se quiser mais docinho, 1 xícara (200g), mas eu tenho curtido com um pouco menos – 3/4 de xícara), + a farinha, fermento e o sal. Acrescente o leite e misture rapidamente até formar uma massa homogênea.
- Tire o prato de torta do forno. A manteiga deve estar derretida. Hora de montar.
- Espalhe aproximadamente 3/4 da massa no fundo. Não vai ficar perfeito. Tudo bem.
- Acrescente as frutas reservadas
- e por cima espalhe o restante da massa em bolotinhas.
- Leve ao forno por 1 hora ou até ficar dourado e as frutas estarem lindamente borbulhantes.
- Devore com uma colherada de iogurte numa vibe mais café da manhã, lanchinho da tarde, ou com um belo sorvete de baunilha numa vibe mais sobremesa. O ideal é comer quentinho do forno. Se sobrar (não vai sobrar), mas se sobrar, recomendo dar aquela reaquecida no forno antes.

coma com música
Para acompanhar no som, Politely, composição de Bill Hardman na versão de Tony Allen. Estou com essa lindeza na cabeça há semanas!
Temos feito uma programação todas as quartas de música instrumental aqui em Brasília pelo nosso Festival Música Transforma lá na Infinu. Cada semana tem um tema ou artista homenageado e dia desses foi Tony Allen, baterista incrível, um dos inventores do afrobeat. Nesse dia era o Esdras tocando, a outra metadinha do coma lá em casa, junto com o quarteto dele – Marcus Moraes, Thiago Cunha e Vavá Afiouni e foi um show daqueles inesquecíveis. Qualquer hora dessas vamos repetir com certeza, porque foi muito sensacional. Essa música estava no repertório, claro.
Dá um play aí, faz a receitinha e depois me conta ;)
beijos,
mariana

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