A gente passou um bocado de tempo viajando em turnê do Esdras pela Europa como muitos de vocês sabem (contamos tudo aqui, aqui e aqui). Os primeiros dias da volta foram corridos e recorremos à nossa despensa farta e freezer para nos virarmos (o que nem foi nada mal e rendeu esta vitamina deli aqui) até que finalmente chegou sábado, também conhecido como o dia mundial da feira.
Olha essa belezura. Olha essa fartura.
Desta vez a compra foi toda na CEASA (neste post aqui a gente fala um pouco mais sobre as feiras que mais frequentamos) e foi bem completa porque a casa estava bem às moscas.
Tava rolando uma sede de cozinhar. Os últimos dias da viagem foram bem corridos emendando dois shows e duas viagens em 2 dias. Foi bem quando rolou o show do Porto na Casa da Música (que foi maravilhoso, aliás!), saímos cedinho no dia seguinte para pegar o trem (como é bom viajar de trem!), chegamos em Lisboa pra quase em seguida ir pra passagem de som no Musicbox, tocar, voltar pra tomar um banho e dormir umas poucas horinhas e ir cedinho pro aeroporto pra voltar pra Brasília. É uma correria massa e quando tá todo mundo numa vibe ótima, como de fato estávamos, é bem divertido mesmo! Mas é cansativo também e quando acaba você acha bom voltar pra rotina um tanto quanto mais pacata. E ir à feira, comprar uma variedade linda dessas de coisas (tudo orgânico ou de agricultura familiar!) e ligar o fogão da nossa cozinha (there’s no place like home!) é bem massa também.
Primeiro pra aproveitar as folhas lindas das cenouras rolou uma variação daquele molho que eu já tinha comentado neste post aqui – as folhas, uns dois dentes de alho, uma colherada de mostarda dijon, sal, pimenta do reino, um bocadim de vinagre de vinho tinto (eu curto esse molho bem ácido) e um bocadão de azeite. Bate tudo no liquidificador e pronto. Você tem um molho para saladas ou para aquelas verdurinhas que você só assou no forno bem simplinhas e gostosas, para carnes, para dar aquela besuntada no sanduba ou para comer com palitinhos da própria cenoura como belisquete.
Esse avocado estava tão perfeito que mereceu uma foto.
Os cogus, uma parte das ervilhas tortas e outra da acelga entraram neste caldo maravilha para as noites friazinhas que estão rolando nesta Brasília.
O caldo era de galinha e estava no congelador . Tínhamos feito algum dia qualquer em que comemos um frango inteiro e aproveitei os ossos para fazer o caldo. Temos o hábito de guardar no congelador as cascas de cenouras, cebolas, alho, talos de salsa, aparas, ossos e coisa e tal para saborizar caldos. Demorou pro hábito de fato virar hábito, mas desde que virou esse mundo dos caldos ficou bem mais legal. Tudo é um caldo em potencial e esse caldo pode dar sabor pra zilhões de coisas que poderiam ser meio eh, mas que podem ficar super wow. Se você ainda não faz isso e tem espaço de congelador disponível super recomendo.
E neste caso, ter um caldo de galinha caseiro que estava mega saboroso para início de conversa e que eu tinha feito há umas boas semanas atrás fez com que este jantar lindo ficasse incrível de delicioso e pronto em tipo 30 minutos. Foi só o tempo de cozinhar o macarrão de batata doce (já comeram? é delicioso! escorrega que é uma beleza, mas é maravilhoso! vende em lojas de produtos orientais.), dar um toque de shoyu no caldo, cozinhar esses cogus lindos no caldo, depois os talos mais grossos da acelga, por último as folhas mais finas, as ervilhas tortas e um bando de cebolinha da horta picadinha. Pa pum e já estava dando aquela aquecidinha na alma. E obviamente, é só trocar o caldo por um vegetariano se essa for a sua preferência.
E rolou também esse crumble aqui.
Eu amo crumble. É tão maravilhosamente versátil. É delicioso o suficiente para ser uma sobremesa maravilhosa ou um lanchinho da tarde luxuoso e saudável o suficiente para que você possa comer no café da manhã. Mas não é só isso. Você pode usar zilhões de frutas ou combinações de frutas, elas sozinhas ou elas com especiarias. Você pode usar zilhões de farinhas, castanhas, sementes, manteiga, óleo de coco, o que você quiser basicamente, pra fazer o crumble. Ou seja, se você tem quase que qualquer fruta em casa e quase que qualquer combinação de coisas secas e manteiga ou óleo de coco ou algo do tipo você tem um crumble em potencial. Diz aí que isso não é uma coisa linda. Mas se você precisar de algo um pouco mais estruturado do que isso, esta receita aqui de crumble de peras com amoras é uma perfeição e sempre uso ela para ajustar as proporções de secos para molhados nos meus crumbles.
Esse da foto foi caprichado na aveia e na farinha de centeio no crocante de cima e foi recheado com um pouco daqueles morangos e daquelas maçãs lindas da feira lá da foto no alto só com um micro toque de açúcar de baunilha (eu explico como faz aqui).
Essa feira ainda tem muita coisa por render.
beijos,
Mariana
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