morango com calda de cardamomo e açafrão

Morangos em todo o seu esplendor. Uma calda aromática. Um toque de chantilly. Uma sobremesa simples e elegante para aproveitar ao máximo a temporada dessas frutinhas que a gente tanto ama.

Todo ano é a mesma coisa. Quando chega esta época cada ida à feira significa voltar com caixas, no plural mesmo, daquelas que têm 4 caixinhas mesmo, de morangos. A gente come purinho sem nada, com iogurte (tem receita aqui), dá uma assada com um toque de cointreau como nesta receita aqui, faz torta de vários tipos, um pãozinho, enfim… (busque inspirações variadas aqui).

Mas tem um jeito de comer o morango que é totalmente simples e totalmente incrível. Só misturar os morangos cortadinhos com uma colherzinha de açúcar (de baunilha fica melhor ainda). Mistura e deixe ele lá, curtindo toda a sua beleza por uma horinha. De vez em quando passa lá e dá uma misturadinha a mais. Só isso. O açúcar vai extraindo todo o dulçor e líquido do morango e aos poucos vai se formando uma calda perfeita. Coma assim e seja feliz.

Maaaaas, a gente queria muito servir uma sobremesa de morango quando fizemos o Coma no Jardin | O Grande Almoço e o cardápio pedia um tcharaã a mais. E foi daí que a gente lembrou da calda de açafrão e cardamomo mega maravilhosa incrível destas peras aqui. A calda é super simples, uma redução de vinho branco com açúcar confeiteiro, um alô de limão e quantidades generosas de açafrão e cardamomo. E que sabor… E fica a dica – além de ser perfeita para acompanhar os morangos, obviamente, e as peras, da receita original, fica também uma delícia para saborizar drinks (rolou uma versão com vodka, água com gás e essa calda num dia que virou um drink de responsa).

Os morangos só misturadinhos com um tico de açúcar + a calda mega aromática + uma colherzinha de chantilly fresco e pronto. Uma sobremesa linda, sazonal, refrescante, leve, deliciosa, tudo de bom.

Esta não é uma sobremesa meticulosa nas quantidades. Ajuste o açúcar dos morangos de acordo com o sabor deles. Estão mega doces? Coloque o mínimo possível de açúcar, só pra extrair o líquido deles mesmo. Estão muito ácidos ou meio sem gosto (infelizmente acontece – mas bem menos se eles forem orgânicos!), capriche um pouco mais no açúcar. Quer fazer uma quantidade maior da calda porque já ficou com água na boca com a ideia do drink? Manda ver! Ela dura horrores na geladeira depois. Não tem problema nenhum sobrar. Chantilly fresco de leva à loucura? Aumente a quantidade!

Aliás, um aparte aqui sobre o chantilly. Sempre que a gente faz alguma sobremesa que leva chantilly rolam altos elogios. No começo estranhava, afinal, é só bater rapidinho o creme de leite fresco com açúcar de baunilha (tem receita aqui!), fácil que só, sem grandes mistérios. Depois entendi que na verdade tem muita gente por aí servindo chantilly daquele creme de leite que vem na caixinha no mercado escrito “bate chantilly”. Resolvi dar uma olhada nos ingredientes e entendi. Bora lá galera. Chantilly bom é feito com creme de leite fresco. É mais caro? É. É melhor? Sem dúvida. Pronto. Acabou. Não se fala mais nisso. Beleza? Comida de verdade. ;) Na batedeira é a coisa mais vapt vupt que existe (fique ligado, porque se passar do ponto vira manteiga. se bem que… pode ser uma boa também :P ), mas se você não tiver batedeira em casa você também pode fazer chantilly com um simples pote desses de conserva. É só botar o vidro um pouco no congelador pra ele ficar bem gelado (pode já estar com o creme de leite fresco, mas fique ligado pra não congelar), encher pela metade com o creme de leite fresco e o açúcar, tampar, botar uma música legal pra te embalar (já segue nosso perfil no spotify?) e sacode, sacode, sacode. Precisa de um pouco de muque, mas rapidinho chega lá também. Não tem desculpa.

Este sábado vai rolar feira. Acho que já vou fazer uma leva da calda logo. :P

beijos,

Mariana