Tem dias que a gente jura que não tem nada pra comer em casa. Olha, olha, olha, e nada. E de repente você dá uma esfregada nos olhos (ou limpa os óculos) e opa! achei algo ali. Aquela batata doce tá dando sopa. Sempre dá pra fazer algo se você tem uma batata doce.
Foi desse jeitinho o outro dia. Eu chegando de uma viagem de trabalho, Esdras partindo pra uma viagem para tocar em SP, a geladeira com aquele ar meio abandonado, eu esfomeada, mas morrendo de preguiça de descer pro mercado pra comprar ingredientes depois de ter acabado de chegar em casa e jogado os sapatos pro lado. E pedir comida… Ai. Ando tão frustrada com as opções. Mas tinha batata doce. E tinha um pouco de cream cheese na geladeira. E tinha um pouco de bacon no congelador. E tinha cebolinha na horta. E folhas mil pra fazer uma salada (nossa horta está bombando!).
Que sair que nada. Que pedir que nada.
Liga o forno baixinho. Dá umas espetadas na batata doce com um garfo. Embrulha no papel alumínio. Bota pra assar numa assadeira pra não correr o risco de queimar. Larga lá até você conseguir furar com uma faca ou garfo sem encontrar muita resistência (40min – 1 hora – vai depender muito do tamanho da sua batata). E daí você tem um quadro em branco esperando para receber os toppings que te inspirarem.
Como a geladeira não estava exatamente bombando de opções dei uma boa fritadinha em um pouco de bacon ultra picadinho (ter bacon no congelador é uma mão na roda!), piquei bastante cebolinha, retirei o excesso de gordura do bacon (que depois foi usada para uma bela leva de pipoca porque eu não sou besta), misturei o bacon, cebolinha e o cream cheese, que poderia ter sido requeijão, ou sour cream, ou qualquer outra coisa, mas o que tinha era cream cheese, uma pimentinha, uma saladinha da horta para acompanhar e fui feliz.
Os toppings precisavam ser esses? Claro que não! Não come carne? Lima o bacon. Capricha com mais ervinhas. Joga uma rúcula em cima. Quem sabe um queijo desses que derrete mais puxento. Por que não o resto daquela carninha picadinha que sobrou do outro dia. Ou um pot-pourri de verdurinhas rapidamente refogadas na frigideira. Um feijãozinho de corda com cebola picadinha. Talvez um abacate amassado meio guacamoleado. Ou quem sabe só uma azeitinho ou manteiguinha e um toque de flor de sal. As possibilidades são infinitas.
Lição de hoje. Quando você achar que não tem nada pra comer em casa olhe de novo. E de novo. E de novo. Tem algo pra comer sim. E provavelmente vai ser bem gostoso.
beijos,
Mariana
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