Estava aqui pensando em como começar esse texto e me dei conta, nossa! como falafel é uma receita maravilhosa! Que é uma delícia obviamente eu já sabia, mas não tinha parado pra pensar que serve como petisco, como acompanhamento ou como principal, ou seja, mega versátil! E que é uma receita vegana. Ou seja, os amiguim intolerante à lactose também vão ficar felizes, os vegetarianos e veganos piram, é claro, e a pessoa pode ser carnívora de tudo que vai com certeza amar um falafel, porque sério, que trem gostoso! como não amar?
Começa dando um play aqui nesta música do saxofonista Chris Potter que temos escutado bastante aqui em casa.
Esta é mais uma receita do livro super duper maravilhoso Jerusalém. Já postei tanta receita desse livro aqui que nem sei mais, ele é muito maravilhoso! – ESTE frango com canela e cardamomo a gente já repetiu à exaustão, nem olho a receita mais, ESTAS pêras são um trem louco de tão gostoso, ESTA berinjela defumada é uma perfeição. Tem outras mais (muitas!) que não estou lembrando – procure por Jerusalém e Ottolenghi no campo de busca que você acha tudo.
Enfim, amo o livro Jerusalém. Amo o Ottolenghi. E esta receita de falafel já rolou umas várias e várias vezes aqui em casa e ela é só love.
A gente tinha uma das famosas air fryers há um tempo atrás. Funcionava bem pra fritar falafel. Se você tiver uma, é uma ótima receitinha pra testar. Se não, duas opções – forno e fritura. No dia das fotos fiz as duas. Ó como eu estava metódica!
Obviamente, comparando um do lado do outro a fritura ganha. Mas… se por todas as razões você quiser evitar a fritura e não tiver uma air fryer, o forno funciona também. Não é tão wow! Mas rola. Agora se você não estiver com sérias restrições calóricas, sinceramente, recomendo enfaticamente mandar ver na fritura. Uma friturinha de vez em quando não mata ninguém não. E no mundo das frituras até é das coisas menos melequentas. Não precisa empanar e, apesar de precisar de uma quantidadezinha de óleo suficiente para seus falafels flutuarem (não recomendo uma fritura só com um pouquinho de óleo na panela – tem que ser imersão mesmo), é bem indolor.
A massa é bem simples de fazer, mas você vai precisar de um processador ou algo do tipo. A receita original fala em passar a mistura por um moedor de carne. A gente até tem um acessório que acopla na nossa batedeira, mas sinceramente, que preguiça! Todas as vezes que fiz fui de processador e achei ótimo.
Você começa com o grão de bico cru que fica de molho de um dia pro outro. Depois de hidratado é basicamente só bater um bando de coisa no processador junto – cebola, alho, salsa, coentro. Mistura com um pouco de farinha e tals pra dar liga, altas especiarias, e deixa descansando uma horinha antes de fritar. Daí é só fazer as bolinhas, fritar e mandar ver, de preferência com um molho de tahine maravilhoso.
- 250g (1 1/2 xic) de grão de bico seco
- 1/2 cebola picada
- 1 dente de alho ralado
- 1 c.s. de salsa picada
- 2 c.s. de coentro picado
- 1/4 c.c. de pimenta caiena
- 1/2 c.c. de cominho em pó
- 1/2 c.c. de coentro em pó
- 1/4 c.c. de cardamomo em pó
- 1/2 c.c. de bicarbonato de sódio
- 3 c.s. de água
- 1 1/2 c.s. de farinha de trigo
- óleo para fritar (2-3 xic dependendo da panela que for usada)
- semente de gergelim para finalizar
- 3/4 c.c.sal
- Para o molho de tahine
- 150g (2/3 xic) de molho de tahini
- 120ml (1/2 xic) de água
- 2 c.s. de suco de limão
- 1 dente de alho ralado
- 1/4 c.c. de sal
- Na noite anterior coloque o grão de bico de molho numa tigela grande com água (pelo menos duas vezes o volume de água para o de grão de bico). Ele vai hidratar e inchar durante a noite.
- No dia seguinte, escorra o grão de bico e junto com o alho, cebola, coentro e salsa. Num processador, pulse por 30-40 segundos de cada vez em etapas até a mistura ficar bem processada, mas antes de virar pasta. Quando você pegar um pouco da mistura na mão e espremer ela deve formar uma massa.
- Coloque a mistura numa tigela grande e acrescente as especiarias, o sal, o bicarbonato, a farinha e a água. Misture com a mão até ficar homogêneo. Cubra e reserve na geladeira por 1 hora.
- Nesse meio tempo, prepare o molho de tahine misturando todos os ingredientes. É possível que sobre um pouco de molho. Ele pode ser usado ao longo de uma semana.
- Encha uma panela média de fundo grosso com óleo o suficiente para ter uns 5-7cms de profundidade. Aqueça até chegar a uma temperatura de aproximadamente 180oC. Se não tiver termômetro use uma bolinha de teste. O óleo deve borbulhar bem ao redor da massa, mas não deve esfumaçar nunca.
- Com as mãos molhadas aperte uma colher de sopa da mistura de grão de bico com as mãos formando uma bolinha meio achatada. Pressione bem para o falafel não desmontar. Salpique um pouco de gergelim na bolinha e frite até ficar bem dourado dos dois lados (uns 2-3 minutos por lado). Trabalhe em etapas para não esfriar o óleo e suas bolinhas não grudarem. Prove o primeiro que fritar para se certificar que o centro do falafel está cozinhando também. Ajuste o tempo de fritura e a temperatura (se estiver muito dourado, mas ainda frio no centro você talvez está com o óleo quente demais ou sua bolinha pode estar grande demais também.) Escorra os falafels fritos num papel toalha e sirva imediatamente com o molho de tahine.
- Devore.
Como belisquete só purinho com o molho de tahine e uma cervejinha gelada é só alegria. Dentro de um sanduba de pão tipo pita (árabe) com alguma folha parruda tipo repolho fatiada fininha é tipo dos melhores sandubas do planeta terra. Como parte de uma refeição cheia de maravilhas daquelas bandas do mundo, um carneirinho quem sabe, um arroz com lentilha tipo esse DAQUI quem sabe, nossa, é puro amor. Enfim, faz aí que é bonzão.
beijos,
Mariana
Deixe um comentário