É só ficar friozinho que dá aquela vontade de uma sopa de cebola maravilha com aquele pãozinho meio embebido na sopa meio tostadinho por cima com quantidades generosas de queijo derretido perfeitamente gratinado. Bom demais.
Comece dando um play nesta música aqui, selecionada pelo amigo querido Kauê Blass. O briefing que dei a ele foi: me diz uma música quentinha. Esta foi uma das que ele mandou. Bird’s Lament. Moondog.
Vamos à receita.
Fazer é razoavelmente simples, mas pra ela ficar verdadeiramente gostosa você precisa dar atenção a alguns pontos importantes.
Primeiro, grande parte do sabor desta sopa vem da cebola caramelizada. Dê tempo ao tempo. Esta não é uma sopa que fica pronta em meio segundo. Só nisso de refogar a cebola lentamente, sempre de olho pra ela não queimar, mas deixando ela ir caramelizando devagarzinho, na manha, já se vão uns 35-40 minutos.
O vinho branco. Faz toda a diferença do planeta terra! Já aconteceu de estar com desejo de sopa de cebola e não tinha vinho branco em casa. Joguei outra birita. Ficou bom, mas não fantástico. O vinho branco traz uma acidez levemente doce que é perfeita para contrabalançar a cebola caramelizada.
O caldo. Se você não é vegetariana, mande ver num de galinha ou carne, bem aromático, feito em casa de preferência! Já fiz também com um de porco que ficou bem maravilhoso. Neste dia da foto resolvi fazer totalmente vegetariano. O caldo foi feito com as cascas das próprias cebolas (ueba! 100% de aproveitamento), alguns dentes de alho (com casca e tudo), uns talos de ervas (são cheios de sabor!) e algumas cascas de queijo parmesão e grana padano que dão um sabor muito maravilhoso (nunca jogo fora a casaca desses queijos – vão direto pro freezer para algum dia saborizar um caldo como este assim como várias dessas aparas, cascas, talos e afins). Enquanto eu caramelizava as cebolas numa panela, outra estava fervilhando com o caldo.
O gratinado. Você pode usar vários tipos de pães diferentes aqui, mas procure um que tenha mais estrutura para que não amoleça por completo quando você colocar em cima da sopa e se desmanche. No dia da foto usei uma baguette cuja casca fornece essa estrutura perfeita. Claro que o pão ainda assim vai dar aquela amolecida. Mas daí rola aquela perfeição de pão mole por baixo e crocante por cima. O queijo, tradicionalmente gruyère, pode ser de vários tipos também. Nesse dia misturei um pedacinho de gruyère com um pedação de um canastra que derrete lindamente. E viva a função grill do forno. Se não tiver grill, vai no forno bem quente que mais cedo ou mais tarde você chega no queijo borbulhante douradinho.
- 2 c.s. de manteiga
- 1 c.s. de azeite de oliva
- 1kg de cebola, cortada ao meio e fatiada finamente
- 2 c.s. de farinha de trigo
- alguns ramos de tomilho fresco
- 250ml de vinho branco seco
- 1L de caldo (de legumes, de carne, de frango – veja nota no texto) quente
- 1 baguette cortada ao meio
- 140g de gruyère ralado e/ou outros queijos que derretam bem
- sal e pimenta a gosto
- Pré-aqueça o forno a 220oC.
- Numa panela de fundo grosso refogue a cebola na manteiga e azeite em fogo brando até caramelizar – uns 35-40 minutos. Ela deve ficar bem reduzida, macia, adocicada e com um dourado profundo. Mexa frequentemente para que não queime.
- Acrescente a farinha, mexa bem, e em seguida acrescente o vinho branco e tomilho. Mexa bem e deixe fervilhar por uns minutos. Acrescente o caldo e deixe fervilhar até reduzir e a sopa ganhar corpo. Prove e ajuste o sal e pimenta a gosto.
- Se a sua panela for ao forno pode finalizar nela mesma ou em tigelas próprias para sopas ou outro recipiente que possa ir ao forno. Se o seu forno tiver função grill finalize a sopa no grill. Se não é só usar o forno quente e aumentar o tempo de finalização.
- Coloque os pedaços de pão com a casca submersa na sopa e salpique generosamente com o queijo ralado. Leve ao forno para gratinar.
- Sirva imediatamente.
Poucas coisas são melhores numa noite fria.
beijos,
Mariana
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