De uns tempos pra cá começamos a postar as fotos da nossa feira sempre que conseguimos ir. Não é toda semana que rola, mas a gente adora e há anos nossos sábados frequentemente incluem o combo comprinhas para a casa (e para os eventos quando estamos em época de Coma no Jardin. spoiler, a temporada 2018 começa em maio) + pastel de feira de café da manhã. E temos adorado as ideias que vocês têm nos dado de verdadeiras maravilhas para se fazer com os nossos hortifrutti.
Então vamos postar por aqui a foto da feira e alguma(s) coisa que tenhamos feito, frequentemente inspirados por vocês, com as belezuras que compramos. O post de hoje vai ser um dois em um porque, é… acumulou. Acontece. Mas o bom é que na primeira foto fomos numa feira e na segunda fomos em outra e alguém sempre pergunta onde a gente faz a feira. E agora temos como fazer uma comparação direta entre as duas fotos das duas feiras que quase sempre frequentamos. Ó que perfeição. Tudo acontece por uma razão. (P.S., estas são as duas que entraram mais na nossa rotina, mas sempre vamos falar onde fizemos a feira) (P.S.2, galera de outras partes do Brasil e do mundo que nos lêem – a gente sabe que vocês estão aí, a gente vê vocês no nosso analytics, só <3 procês, mas esta parte obviamente se refere a Brasília)
Feira 1 foi na feira do produtor que rola aqui do ladinho de casa na SQN 403/4. Todo sábado, lá no meio da quadra residencial, tem sempre uma quantidade bacana de bancas, todas de pequenos produtores. Somente um tem certificação orgânica por enquanto, mas na conversa outros dizem que praticam agricultura orgânica, mas que estão presos na burocracia. De fato ela existe e parece que é pentelha pra dedéu. Prefiro acreditar no que me dizem. Sim, sou dessas. Já fui passada pra trás mais vezes do que gosto de admitir, mas sempre acredito na boa fé das pessoas e às vezes isso dá certo também. :)
A feira é dessas perfeitas pro dia a dia. Resolve todas as suas necessidades básicas e mais uma banquinha de queijo bem honesta e ocasionalmente uma boa variedade de frutas. Mas se estamos na pilha de cogumelos, por exemplo, que, no caso, quase sempre estamos, daí já não rola. Enfim, itens mais “sofisticados” ou difíceis de achar não existem por lá. É o basicão mesmo. Mas de boa qualidade e a bons preços e de vez em quando algo especial, como nesse dia da foto aí, em que um dos produtores estava abrindo (ou descascando? não sei qual é o verbo) o pequi na hora e não resisti.
E é claro que rolou uma galinhada com pequi. E obviamente um monte de gente sugeriu alguma variação de arroz ou galinhada porque, né? pequi foi feito pra isso.
cebola + alho + milho que tinha sobrada da feira passada + frango em cubos + pequi + arroz basmati + cebolinha da horta + umas especiarias meio vibe Jerusalém (sumac, za’atar, cominho e afins)
Dá aquela refogada na cebola, depois no alho, depois no milho, depois no arroz e no pequi, acrescenta aquele amor na forma de especiarias, daí o frango, tá bonito, água suficiente para cozinhar o arroz, prova, ajusta o sal, a pimenta e o que mais você achar, finaliza com cebolinha. A gente serviu com nosso picles de jalapeño. Almoço de sábado perfeito.
A Feira 2 foi na Ceasa. A gente já tem um roteiro fixo quando vai pra lá. A primeira parada é sempre o galpão de orgânicos porque ele é bem disputado. Como é de se esperar, cada dia é de um jeito. O que está na época ou o que dá o ano todo tem em abundância. E só. Dependendo da época do ano tem muita variedade, às vezes nem tanto.
De lá a gente sempre vai pro galpão do lado que é de agricultura familiar. Uma ala é de orgânicos e a outra é de convencionais, tem placa pra você saber qual é qual. A conversa muitas vezes é a mesma da feira lá de cima para os convencionais. Por outro lado, muitos vendem itens nativos do cerrado que são colhidos por aí e raramente plantados e esses não têm como ter qualquer certificação mesmo. E essa é a parte mais legal desse galpão. Sempre tem alguma coisa que a gente não conhece ou algum produto que só tem por aqui e ponto final.
Nesse dia da foto comprei o kombuchá da D. Ana, super envolvida no slow food e que fornece produtos do cerrado para um bando de lugar aqui em Brasília. Comprei de pitanga e de framboesa no dia da foto, mas já comprei e provei de várias outras frutas bem maneiras. Delícia. Não entrou na onda do kombuchá ainda? Saiba mais sobre aqui.
Quase tudo da foto foi comprado nesses dois galpões. Mas daí sempre fica faltando alguma coisinha então seguimos pro galpão principal com o pitstop essencial: pastel com caldo de cana pro Esdras, com suco de laranja pra mim. E daí damos aquela geral pra ver o que mais queremos. Quase sempre acabamos comprando mais frutas por aqui. Os outros dois galpões são mais fracos para frutas. Esses cogus lindos da foto só quem vende é um produtor que fica lá no galpão principal também.
Nesse meio tempo eu repintei a mesinha onde tiro as fotos. :)
Uma pessoa deu uma ideia que pareceu maravilhosa de usar as folhas da cenoura para fazer uma farofa. Da próxima vez vou tentar lembrar. Desta eu já tinha feito este molho aqui.
Super coringa, uma variação em torno do tema deste molho da salada de macarrão do pai que é super mega hit, faz um potão e usa como molho para saladas, para carnes, para temperar verduras, como pastinha no pão, enfim, tudo de bom.
folhas de cenoura + alho ralado + azeite de oliva + mostarda + vinagre de vinho tinto + sal e pimenta
Vai com calma no vinagre e na mostarda, bota tudo no liquidificador, vai provando e ajustando à gosto. Simples assim.
O pot pie de peru e cogus que a gente fez estes dias que eu comentei neste post aqui levou quantidades generosas desse molho aí. Bonzão.
beijos,
Mariana
[…] feira foi feita aqui do ladinho, super vapt-vupt, na feira do produtor da 403/4 norte que comentei no post anterior. Complementamos algumas coisas que estavam faltando em casa, como sempre, pulamos as folhagens e […]