Se você nos acompanha pelo nosso instagram (@comalaemcasa) você viu que a gente andou comendo muito bem por aí em São Paulo estes dias. É absolutamente impossível ir em todos os lugares de interesse numa cidade enorme dessas. Cada vez que vamos (o Esdras vai com bastante frequência pra tocar, os dois juntos vamos mais raramente) conhecemos lugares novos maravilhosos e revisitamos outros tantos que batem no coração. Nunca dá tempo de tudo.
O mote da viagem desta vez foi o show do Sigur Rós. O Esdras tem uma certa obsessão com a banda desde que a viu ao vivo na Bélgica no mesmo festival do qual participava com sua banda de mais de 18 anos, Móveis Coloniais de Acaju (atualmente a banda está em pausa por tempo indeterminado), há alguns anos. Entendi o fascínio quando o show acabou. Que lindeza! A música, que carinhosamente apelidamos de música de baleia, não é exatamente um som daqueles fáceis de se escutar diariamente, mas o show tem uma potência indescritível acompanhado de projeções e iluminação hipnóticos. Aqui você pode ver zilhões de vídeos.
A primeira parada gastronômica foi no aclamado A Casa do Porco Bar. O Esdras já tinha ido umas tantas vezes. Eu nunca. Isso já era uma questão. Eu já estava me sentindo como se o Esdras tivesse visto todos os finais de temporada de todas as nossas séries favoritas sem mim. Ainda bem que finalmente resolvemos esse descompasso e tirei o atraso aproveitando que estávamos com alguns amigos para dar aquela geral no cardápio provando de tudo.
O esquema de menu degustação da casa – De tudo um porco – é uma ótima pedida pra quem está a fim experimentar vários pratinhos. Parece que o menu está a ponto de mudar e talvez com a mudança também haja algum ajuste de preço, mas a R$ 110 é dos menus degustação que mais vale a pena, ever! Uma verdadeira maravilha, aproveitando diferentes cortes e preparos às vezes bem inusitados, tudo com capricho, apresentações lindas e um ambiente informal e descontraído que pessoalmente me dá muito mais tesão do que qualquer DOM da vida (que já conhecemos em viagens passadas e que sem dúvida é maravilhoso, mas socorro! é caro e pomposo demais!). Menção honrosa para os drinks, vários acompanhados de pequenas mordidas de comidinhas deliciosas…
o cachorro quente hot pork com TODOS os itens feitos na casa (e que em breve terá casa própria de tão maravilhoso que é! fora que, vocês leram direito? salsicha, pão, molhos, tudo feito na casa!)…
e a sobremesa absolutamente perfeita para encerrar o menu de tanto porco com refrescância e delicadeza.
Tudo no menu é delicioso, mas meus hits pessoais foram a torradinha com tartar de porco (poderia comer a noite inteira)…
a perfeitamente nomeada ‘sanguiça – sangue também é ingrediente’ de linguiça de sangue…
e o pãozinho no vapor com barriga e picles.
Mas sinceramente, bom mesmo é chegar num lugar com a expectativa lá em cima e ela ser pra lá de superada. Agora prepara porque como tudo que está na moda, tem fila. Bastante. Chegamos numa 4a lá pelas 14 e tanto e só sentamos às quase 16hrs! Vá com calma, sem pressa, e aproveite que eles anotam seu telefone e ligam quando sua mesa fica pronta pra dar um rolé na micro região ou começar a bebericar num boteco da esquina.
No dia seguinte, pós show, com aquela lerdeza básica de quem dormiu tarde, começamos o dia com uma empanada perfeita da La Guapa, da Master Chef Paola Carosella.
Seguimos para a Padoca do Maní para um brunch caprichado entre amigos. Tudo delicioso. Dizem que no fim de semana é um sofrimento conseguir mesa por lá, mas numa 5a, 11 e tanto da manhã sentamos sem problema e tomamos um belo café/brunch sem pressa.
De lá seguimos caminhando degustando diversos cafés pelo caminho (estávamos viajando com amigos queridos que abrirão um espaço múltiplo que inclui uma cafeteria em 2018 – em breve mais sobre isso – e que tinham muita pesquisa pra fazer) na região de Pinheiros e Vila Madalena.
Um pitstop n’ A Queijaria para trazer uns queijos maravilhosos pra casa…
e mais outro no Mercado de Pinheiros onde acabamos comendo um bando de delícia na Comedoria Gonzales. Fizemos um passeio pelos ceviches mega bem temperados…
mas o hit absoluto foi um sanduba de peixe frito que estava uma coisa.
Depois de dar uma reenergizada em casa fomos para a última parada gastronômica do dia no Jiquitaia. A pegada é de comida brasileira com um leve tchararã e arrasamos nos petiscos e drinks.
Cada um mais delicioso que o outro.
O primeiro andar abriga o restaurante e o segundo o pequeno bar com um balcão e uma mesona e atendimento até mais tarde.
Pra quem curte drinks vale super a pena ir só pra ficar neles e nos petiscos simples e ultra bem feitos.
Os chips de jiló são uma perfeição. O quiabo que vem com um molho de missô levemente cítrico também é particularmente delicioso.
Mas tudo que provamos nos deixou feliz.
No último dia partimos para a Liberdade para repetir um chinês que já conhecíamos de outros carnavais, o Rong He. O restaurante tem mesonas enormes e um preço mega acessível (especialmente considerando o tamanho das porções) o que o torna uma ótima pedida pra ir de galera, bastando chegar bem cedo pra garantir uma das mesonas.
Pães no vapor,…
dumplings maneiros,…
sopões de tudo quanto é jeito, até água viva rola no cardápio (numa saladinha com pepino deliciosa e refrescante).
Daqueles cardápios enooormes mega difíceis de escolher, mas bem maneiro.
De lá, mais umas paradas de café, duas paradas culturais bem maneiras – o lindíssimo recém inaugurado IMS (que tem o Balaio, restaurante do Rodrigo Oliveira do Mocotó – não comemos, mas se é do Rodrigo Oliveira deve ser ótimo – desta vez pulamos o Mocotó, mas caso você não conheça ainda, vale a viagem), e o Red Bull Station recheado de ateliês e residências artísticas e um estúdio de gravação impressionante, massa demais!
Pra finalizar, boteco com muito pastel e cachaça pra botar o papo em dia com amigos de longa data.
A decepção da viagem ficou por conta da região da Augusta que passou de vibrante, com pessoas de todas as tribos, para uma rua onde tudo que era legal está fechando e sendo substituído por condomínios enormes murados sem loja no térreo. Bateu uma tristeza. Mas foi compensada pelo tanto que tá maneiro aquele centrão perto da Casa do Porco, do Bar da Dona Onça (esse casal Rueda é demais!), o Fôrno que dizem ter um pastrami surreal, mas que ficou pra próxima… enfim, a lista de lugares que queríamos visitar era enorme, mas simplesmente não tínhamos refeições suficientes para dar conta.
É, apesar dos pesares, existe muito amor em SP.
Se quiser acompanhar todos os lugares que já visitamos nessa terra de infinitas possibilidades, sempre que viajamos pra lá usamos a #comaemsp no nosso instagram.
beijos,
Mariana
[…] No final de novembro a gente deu um pulo em São Paulo e pra variar comemos bem pra dedéu. A gente contou tudo aqui. […]