Eu amo pipoca. O Esdras ama pipoca. Pela foto podemos ver que claramente o Kamasi ama pipoca. E aparentemente vocês também amam pipoca porque dia desses quando perguntei no nosso instagram @comalaemcasa quais posts vocês queriam ver por aqui este daqui foi de longe o mais votado. :)
Então bora lá, item 1. extremamente importante este item 1. Por aqui não trabalhamos com pipoca de microondas. A não ser que seja aquele esquema que você pega um saco de pão, coloca lá os milhos e estoura dentro do microondas. Aí pode. Dizem que funciona muito bem, aliás. Nunca testei porque não temos microondas. Mas o ponto é, aqueles envelopinhos de pipoca de microondas que vendem em tudo quanto é canto, aquilo lá é cheio de treco nada a ver. Já deram uma olhada na lista de ingredientes?
Então pronto. item 1 resolvido. Estamos falando de pipoca de panela aqui.
Item 2.
Qual é o melhor método para estourar pipoca?
Já testei vários e cheguei no meu favorito. Se o seu for diferente me conta nos comentários que vou testar :)
Eu faço assim – um alô de óleo, óleo de coco ou quiça azeite, ou gordura de bacon, de pato… mas normalmente óleo de canola ou de coco – eu tenho uma pipoqueira daquelas de pipoqueiro bem clássicas tipo esta DAQUI, mas pode ser numa panela grande que tenha tampa – boto na maior chama do meu fogão com 3 grãos de pipoca dentro.
Estourou os 3? Tiro do fogo, boto o resto do milho, tampo, sacolejo bem e conto até 20 fora do fogo dando essa sacolejada maneira. Volto pro fogo, continuo na chama mais forte do fogão no alto!
Agora se você não tem pipoqueira que já tem uns furinhos pra sair o vapor lembra de deixar a tampa entreaberta e deixa lá no fogo alto dando umas mexidinhas de vez em quando. Vai começar a estourar aos poucos e de repente vai engrenar. Nessa hora baixa o fogo e vai até o fim, dando umas mexidinhas enquanto der.
Pra mim esse método rende o maior número de pipocas estouradas e as bichinhas ficam bem grandinhas fofinhas. Mas estou sempre aberta a testar outro método e mudar de ideia :)
sabores mil
Já postei duas pipocas aqui no site. Sou mega fã desta com manteiga com sriracha e shoyu AQUI. Fácil e maravilha.
Já a pipoquinha do demo é uma pipoca que servimos zilhões de vezes nos eventos que já fizemos. A receita dela tá AQUI e ela é incrível porque é doce, salgada, picante, cheia de especiarias, rola aquela festa na boca, sabe? Mas a bichinha é trabalhosa. Tem que rolar uma dedicação que, bora combinar, não é o que vai acontecer no domingo à noite na hora que você vai deitar no sofá pra ver uma série. Mas rola de brincar com os sabores dela de uma forma mais simples então…
sabor 1. fez a pipoca, dá aquela regadinha com um fio de azeite de oliva ou de óleo de coco, sal, e uma generosa salpicada de garam masala, mistura tudo e foi.
sabor 2. esse na verdade é um bando junto. mesma ideia de 1. usa pra um bando de especiarias. alguns combos maneiros: paprica + pimenta caiena | za’atar sozinho ou com sumac | lemon pepper | cúrcuma + pimenta chili + canela + cardamomo. Dá pra brincar horrores com o que você tiver em casa.
sabor 3. pra galera do coco. idealmente fitas de coco ou então coco fresco mesmo em pedacinhos (como usei no dia da foto) – dá aquela torradinha no forno. numa panelinha esquenta um pouco de óleo de coco, tasca um pouquinho de pimenta calabresa pra ela dar uma fritadinha de leve, umas duas colheres de mel ou agave, mexe bem. pipoca estourada (vale estourar no óleo de coco pra esta) + mistura o coco torradinho + sal + essa misturinha de óleo de coco e mel e tals e foi. Rola o lance doce salgado picante.
sabor 4. derrete um pouco de manteiga, acrescenta umas folhas de sálvia (não falta nunca na hora daqui de casa justamente por causa desta pipoca), um pouco de alecrim se tiver vai bem também, se quiser um toquinho de pimenta calabresa, deixa tudo dar uma fritadinha na manteiga – cuidado pra não passar do ponto e queimar! é rápido! e foi. joga por cima da pipoca estourada.
sabor 5. nessa linha da manteiga derretida e fritadinha de coisas – sabe aquele tempero de cebola, alho e salsa que vende pronto em banquinhas de tempero e até mesmo nos supermercados? ele mesmo. dá a fritadinha na manteiga ou azeite pro alho e a cebola ficarem crocantinhos. joga por cima da pipoca estourada.
sabor 6. na vibe da opção lemon pepper do sabor 2. raspas de limão. ingrediente mágico. se quiser mais queimadinho, coloca dentro da panela quando começar a estourar a pipoca. se quiser bem fresquinho salpica as raspas na hora de temperar a pipoca estourada com um fio de azeite e sal.
sabor 7. furikake. aquela misturinha mágica japonesa com pedacinhos de alga, gergelim e várias cositas mais (tipo este AQUI ou este AQUI)
sabor 8. praquela pipoca doce que não precisa ser aquela caramelada mais trabalhosa nem aquela mais açúcarada. faz o esquema da manteiga derretida com mel do sabor 3 – se quiser uma picância de leve acrescenta uma pimenta calabresa. pipoca estourada + misturinha de manteiga e mel + dá aquela salpicada geral com canela – pode ser só canela ou uma misturinha de canela, cardamomo, noz moscada e gengibre + mesmo nas pipocas doces eu sempre coloco um pouquinho de sal
sabor 9. momento cacau. estourou a pipoca, um fiozinho de azeite ou óleo de coco, salpica com cacau 100% ou se preferir mais docinho, chocolate em pó 50% e um alô de canela. o toquinho de sal sempre.
sabor 10. momento chocolate. derrete um chocolate meio amargo ou 60-70% com um toquinho de óleo de coco pra ele ficar bem soltinho. pipoca estourada + chocolate derretido + um alô de sal e foi. se quiser um coco ralado fica mara. se quiser uma vibe amendoim acrescenta um pouco de pasta de amendoim ao chocolate derretido e uns amendoins torrados.
As possibilidades são, sinceramente, infinitas.
coma com música
Os posts do #comalaemcasa normalmente vêm acompanhados de uma música ou playlist. Se você estiver em busca de inspiração musical #comacommúsica e dá lá um confere no nosso perfil do spotify Trilhas Comalaemcasa que tem playlist pra tudo quanto é gosto e ocasião.
Mas pra combinar com esse post pipoca vou dar duas dicas do mundo filme/séries. A primeira eu já dei em algum post passado que não tô lembrando, mas se você não viu ainda já bota na sua listinha pra ver assim que possível.
AmarElo – é tudo pra ontem do Emicida é maravilhoso! Já vi sei lá quantas vezes e me emociono sempre. O filme mostra todo o processo de criação do disco AmarElo e do show emblemático que o Emicida fez no Municipal de SP fazendo um passeio pela história da música brasileira e do rap e, inevitavelmente também falando das absurdas desigualdades e do racismo deste país. As imagens de arquivo são incríveis, o roteiro foi super bem pensado, enfim, maneiríssimo.
Num nível bem pessoal também nos conectamos enormemente com o aspecto de produção e a parte do filme que fala sobre a chegada da pandemia. Já estamos beirando 1 ano e meio de pandemia e ainda estamos tentando entender o que vai acontecer com o mercado da música no Brasil. Uma verdadeira loucura! Nosso coração apertou junto assistindo ao filme e relembrando aquelas primeiras semanas em que fomos recebendo um cancelamento atrás do outro dos shows que tínhamos já marcados. Mas rola uma esperança também. Vê lá! (E se você não entendeu nada – a gente também trabalha com música – dá um confere no trabalho solo do Esdras Nogueira, na Remobília, sua banda com ex-integrantes da Móveis Coloniais de Acaju, e no nosso festival de música instrumental Festival Música Transforma.)
A segunda dica compartilha várias das temáticas, mas agora no campo da alimentação. High on the hog – traduzida por Da África aos EUA: uma jornada gastronômica – é uma série documental feita pelo Stephen Satterfield em 4 episódios falando sobre a descolonização da alimentação e da enorme importância e impacto que os povos escravizados tiveram sobre a cultura dos Estados Unidos. É emocionante, é lindo, tem tudo a ver com a gente também, tem que assistir.
As duas séries estão no Netflix ;)
beijos,
mariana
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