O post de ontem foi sobre a primeira parada da turnê do Esdras em Moscou. Decididamente um lugar que nunca imaginávamos conhecer. A música nos leva longe.
Próxima parada: Espanha – Barcelona (10 dias) e Tenerife (4 dias)
De Moscou pegamos uns tantos chás de aeroporto até que finalmente chegamos em Barcelona. Já fomos juntos, eu e Esdras, a Barcelona em 2015 numa das idas para visitar os meus pais que moraram por um tempo na Irlanda (a gente contou um pouco sobre uma das viagens pra lá neste post aqui) e separados, o Esdras quando foi tocar no Primavera Sounds com sua banda de 18 anos, Móveis Coloniais de Acaju, (fizemos até um jantar lá em casa especial na época) e eu quando dei meu primeiro rolé pela Europa, numa viagem que fiz em 2007 quando, por acaso, conheci o Baldu, hoje baixista da banda do Esdras, que naquele então morava em Barcelona com sua esposa, Prisca. O mundo é minúsculo.
Então já viu, né? Tínhamos um super local no grupo que nos levou nuns botecos ótimos para tapas que provavelmente não teríamos conhecido nunca se ele não estivesse conosco. Tudo que todos queremos quando viajamos, né não?
Tipo La Bodega de Armando, um lugar minúsculo todo decorado com mesas e máquinas de costura antigas com um rango que é aquele esquema, nada precisa ir ao fogo ali – conservas, no caso, azeitonas daquelas maravilhosas que existem naquelas bandas do mundo e que atacamos antes de tirar a foto, oops; queijos, no caso, manchego fatiado em palitos perfeitos para beliscar; embutidos, no caso, fouet e jamón fatiados lindamente finamente e o onipresente pan con tomate (já viu nosso vídeo dessa maravilha das maravilhas que é ridiculamente fácil de fazer?). Sério. Adoro tudo isso. Sinto uma falta danada de lugares assim em Brasília. E todas as vezes que vou à Espanha é aquela alegria. Esse povo sabe comer bem. (aqui tem outro post sobre San Sebastián que foi amor à primeira vista. A vibe é bem diferente da de Barcelona, mas rola o mesmo cuidado eterno com ingredientes maravilhosos.)
E tipo o Morrysom, este já maiorzinho, com cozinha mesmo, onde fizemos aquele passeio completo por tapas clássicos como pimientos padrón, tortillas, pan con tomate, claro, orelhas de porco, porque o Esdras precisa sempre provar o inesperado dos cardápios, e essas lulinhas que têm um nome que já não lembro qual era porque eles têm tantas espécies primas irmãs das lulas por lá que nunca consigo nomear, mas que adoro sempre.
E como passamos mais tempo em Barcelona pegamos um airbnb e aproveitamos para botar a micro cozinha da nossa pequena casinha no simpático bairro de Gràcia pra funcionar como ela provavelmente nunca tinha funcionado antes. E, aliás, adoramos ficar em Gràcia! Novamente, valeu Baldu, nosso companheiro de viagem guia local, que ajudou a escolher o bairro da nossa hospedagem <3
Foram dias lindos curtindo o dia a dia dessa cidade que tem um espaço cativo no nosso coração.
Esquema ir à feira, comprar coisas bonitas fresquinhas, fazer um almoço simples e gostoso…
porque com ingredientes lindos como esses não tem razão pra inventar moda…
dar aquela tocada (viajar com 4 músicos é sempre ter alguém tocando alguma coisa ou falando apaixonadamente sobre alguma gravação ou até mesmo tendo discussões teóricas tão alto nível que boiei bonito!) e entre um show e outro (foram 3 no total) e um dia de estúdio (gravaram 2 músicas novas! em breve mais sobre isso!) dar uma passeada de leve.
Como já fizemos o intensivão de turismo Gaudí em viagens passadas desta vez pulamos entrar nos prédios, mas não cansamos jamais de passar por fora e ficar admirando.
Brindamos com cava na Can Paixano, a já famosíssima Xampanyería, onde toma-se cava boa e barata em tacinhas fofas de pé num bar lotado acompanhada de tapas de todos os tipos também bons e baratos. Maior diversão. Mas tem que estar disposto a encarar a muvuca.
Em diferentes bares, mais tapas <3 não canso nunca jamais de comer tapas… comemos sandubas de boquerones, aqueles peixinhos mini deliciosos em conserva que eles têm por lá e caracóis (cargols em catalão)…
as patatas bravas também rolam em tudo quanto é canto… batatinhas fritinhas com aioli e molho picante. Tem como dar errado?!
E esta perfeição que era tipo um pan con tomate turbinado com boquerones que comemos no Salvatge, pertinho de onde estávamos hospedados em Gràcia.
Eu e Esdras ainda fomos bate e volta numa cidade vizinha, Vilafranca del Penedès, onde estava rolando o Vi Jazz, uma feira de vinho com show de jazz. Degustamos um monte e assistimos dois shows incríveis, mas assim, incríveis mesmo, do Avishai Cohen e do Kenny Garrett.
Rolaram 3 shows em Barcelona. O primeiro era no Guzzo como participação numa jam incrível que rola por lá. Tem vídeozim aqui.
Depois rolou o show no Artte, que é tão lindo que a gente aproveitou pra fazer umas fotinhas estáiles.
Essa daqui foi na passagem de som…
E esta no show
Tem videozim aqui
Mais cava e os meninos tocando no Soda Acústic no último show.
Barcelona foi incrível!
Mais um videozim com um apanhadão dos momentos day off…
Próxima parada: Tenerife
E de lá seguimos para Tenerife, nas Ilhas Canárias, que também são na Espanha, mas ficam a umas boas horinhas de vôo do continente. Ó a música nos levando longe de novo…
Fomos para Tenerife, Santa Cruz de Tenerife mais precisamente, porque o Esdras foi duplamente selecionado para o MAPAS – Mercado de Artes Performativas del Atlántico Sur para fazer showcase e para participar como Festival representando o Festival Música não é Barulho | Música Transforma de música instrumental que vai acontecer em 2019 em Brasília.
O MAPAS é uma feira especializada de negócios, neste caso de música, teatro, dança. Outras feiras que frequentamos, como a Jazzahead na Alemanha, são focadas somente em música. Essas feiras servem de ponto de contato entre artistas que divulgam seu trabalho e representantes de festivais, feiras e instituições culturais de diversos países que querem conhecer novos artistas. Ter participado de feiras anteriores sem dúvida alguma ajudou a viabilizar esta primeira turnê. As feiras normalmente tem stands ou rodadas de negócios (ou os dois) para propiciar esses encontros, palestras e showcases para os artistas apresentarem seu trabalho para um público interessado. E neste caso o Esdras foi selecionado tanto como artista e se apresentou no showcase, quanto como festival. Ou seja, nossos dias por lá foram super focados na feira.
Nas rodadas de negócios eu participei junto com o Baldu para divulgar o trabalho artístico deles e o Esdras participou representando o festival de música instrumental que vai ter sua primeira edição em 2019. Foram dois dias de rodada de negócios e muitíssimas reuniões. E além das rodadas teve o show – ser selecionado para fazer showcase em feira é sempre responsa porque você tem a chance de se apresentar para vários representantes de festivais e feiras de uma só vez.
Não deu tempo para ver muito mais de Tenerife além dos rápidos passeios pelo caminho simpático nas idas e vindas da feira até nossa casinha…
e comer uns tapas… sempre tapas <3
muito pimentão, polvo, lulinhas, queijos…
E decididamente não podemos reclamar, porque além desses tapas bem gostosos, saca só o tanto que o Auditório onde o Esdras tocou e onde passamos grande parte dos nossos dias por lá é incrível.
momento foto de banda em local cênico (perdi a conta de quantas tirei ao longo da viagem!)
momento foto de casal em local cênico
momento foto da cidra com frutinhas que virou minha bebida favorita naqueles dias em local cênico
Tem videozim desses dias da feira aqui
Parte 3: Portugal sai amanhã ;)
Por aqui no nosso canal no YouTube ou pelo canal do Esdras você consegue acessar todos os episódios do Entre um Pingado e Outro lançados até o momento, incluindo as demais cidades. Aproveita e se inscreve nos dois canais pra não perder os vídeos futuros.
Veja todas as fotos postadas no nosso instagram, nos nossos pessoais (@mescosteguy e @esdrasnogueira) e nos dos queridos que viajaram conosco reunidas pela #turneesdrasnogueira.
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beijos,
Mariana
A turnê teve o apoio da Secretaria de Cultura do GDF #ConexãoCulturaDF, Ministério da Cultura, Apex Brasil, BM&A e Brasil Music Exchange.
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